terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Bombeiros estão desaparecendo no RN

No Rio Grande do Norte, apenas quatro municípios possuem grupamentos do Corpo de Bombeiros: Natal, Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros.

Neste último, contudo, há ocasiões nas quais um único militar está de serviço; e, em determinadas circunstâncias, faltam até mesmo carros-bomba. “Ou seja, a cidade praticamente fica sem grupamento”, destaca Dalchem Viana, presidente da Associação dos Bombeiros Militares do RN (ABM/RN).

O caso não é isolado.

É conhecida a estatística segundo a qual a ONU recomenda um bombeiro para cada mil habitantes, enquanto o estado potiguar possui apenas 650 homens para uma população de três milhões de pessoas – precisaria, portanto, de três mil profissionais do tipo.

Para Dalchem, presidente da ABM/RN, a realização do concurso se trata de uma necessidade urgente. “Nós deveríamos estar prestando serviço há cerca de 20 cidades. Em vez disso, as poucas localidades que têm bombeiros estão com poucos homens e estrutura sucateada”, diz.

Em todo o RN, há apenas 35 profissionais do tipo para um litoral de 240 quilômetros e vários balneários. 

A situação é tão grave que o estado não dispõe de segunda-tenente. Os poucos ocupantes do cargo vieram de outras carreiras, sem concurso, numa prática duvidosa para os parâmetros constitucionais.

Neste mês, Cristiano Feitosa, secretário estadual de Administração e Recursos Humanos, assegurou publicação de edital em 30 dias. A notícias foi rapidamente espalhada em diversos portais especializados em concursos públicos.

O governo confirmou comissão especial para o certame em novembro do ano passado, quando ocorreu a oficialização do grupo com sua formação publicada no Diário Oficial do Estado. A realização efetiva da seleção, porém, encontra-se emperrada em trâmites burocráticos na Assembleia Legislativa.


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